sábado, 1 de fevereiro de 2014
HIV – MORTE CERTA
HIV – MORTE CERTA
Em 2006 governo americano
autorizou a venda de um novo medicamento, chamado vorinostat. Esse remédio foi criado para tratar um câncer no
sistema imunológico. Pesquisas especificas, descobriram que o fármaco também
tinha outro efeito: ele desperta os linfócitos T adormecidos.
De 2009 a 2013 são
publicadas os primeiros estudos sobre a eliminação de reservatórios do HIV,
apontando um caminho para a cura. A busca incansável por uma vacina continua.
A infecção e o caminho da
cura, o segredo esta em acordar células dormentes, onde o HIV fica escondido.
O HIV entra no organismo se
instala nos linfócitos T, que são responsáveis por coordenar a ação do sistema
imunológico. Há dois tipos de linfócitos T: ativo e inativo. O vírus invade
ambos os tipos. Eles entram nos linfócitos T por fusão do envelope viral infiltrando-se
no núcleo dela, onde está o DNA. Os linfócitos T ativos se multiplicam e com
isso, multiplicam o vírus. Os linfócitos inativos não se multiplicam por ação
de uma enzima, que as deixa dormentes e o vírus também. Os medicamentos antirretrovirais,
usados hoje, conseguem bloquear a progressão do HIV – e controlar AIDS. Mas não
agem nas células inativas, onde o vírus fica escondido. Se a pessoa parar de
tomar os antirretrovirais, o HIV “escondido” acorda. E a AIDS volta. Um novo
tipo de medicamento é capaz de fazer as células inativas acordarem e botarem
para fora o HIV que trazem escondido. O vírus é jogado na corrente sanguínea. Os
antirretrovirais agem sobre o HIV, permitindo que ele seja eliminado. Os
reservatórios vão sendo esvaziados, até não restar mais vírus.
De 2004 a 2020 – testes e
provável cura.
Antirretrovirais
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década
de 1980, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam
o HIV, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico .
Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de
quem tem Aids.
Para combater o HIV é necessário utilizar pelo
menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes
diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido. O tratamento é
complexo, necessita de acompanhamento médico para avaliar as
adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as
possíveis dificuldades em seguir corretamente as recomendações médicas, ou
seja, aderir ao tratamento. Com o desenvolvimento da
terapia antirretroviral, em 1996, a mortalidade e as infecções oportunistas
foram reduzidas em mais de 72%. Já é possível viver mais de 25 anos com HIV sem
apresentar nenhum sintoma ou efeito colateral.
Os antirretrovirais (ARV)
são fármacos usados para o tratamento de infecções por retrovírus,
principalmente o HIV. A terapia altamente eficaz com antirretrovirais é
conhecida como TARV. Caso a pessoa descubra ser portador de HIV antes de
desenvolver AIDS é possível nunca apresentar nenhum sintoma e fazer um
tratamento sem efeitos colaterais por tempo indeterminado.
O Brasil foi o primeiro país em
desenvolvimento a distribuir gratuitamente os antirretrovirais para os
portadores de HIV do país. Em 1991, iniciou-se a distribuição do
antirretroviral zidovudina. Em 1996, a Lei nº 9.3135 estabeleceu a oferta
universal e gratuita de ARV aos portadores do HIV e pessoas com Aids que
preenchem os critérios estabelecidos no documento de consenso terapêutico em
HIV/Aids do Ministério da Saúde (MS). Recomenda-se tratamento para indivíduos
assintomáticos com contagem de linfócitos T CD4+ abaixo de 350
células/mm3 e pessoas sintomáticas, independentemente dos parâmetros
imunológicos.
São oferecidas no país quatro classes terapêuticas
de ARV: ITRN; ITRNN; IP e inibidor de fusão e de integrase.
Classe
|
Nome genérico
|
Mecanismo de ação
|
Inibidores
da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos (ITRN)
|
Abacavir
(ABC), Didanosina (ddI), Estavudina (d4T), Lamivudina (3TC), Zidovudina (AZT)
e Tenofovir (TDF) e a combinação Lamivudina/Zidovudina.
|
atuam
na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus
cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza.
|
Inibidores
da Transcriptase Reversa Não-Análogos de Nucleosídeos (ITRNN)
|
Efavirenz
(EFZ), Nevirapina (NVP), delavirdina
|
bloqueiam
a transcriptase reversa impedindo que o RNA viral se transforme em DNA
complementar. Bloqueiam a mukltiplicação do vírus
|
Inibidores
de Protease (IP)(Inibidores da 'Maturação')
|
Fosamprenavir
(FAPV), Atazanavir (ATV), Darunavir (DRV), Indinavir (IDV), Lopinavir (LPV),
Nelfinavir (NFV), Ritonavir (RTV), Saquinavir (SQV), Tipranavir.
|
atuam
na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas
cópias de células infectadas com HIV. Bloqueia a maturação do vírus
|
Inibidores
da entrada do HIV e Inibidor da fusão
|
Enfuvirtida
(T-20)
|
Impedem
a entrada do material genético viral pela sua ação no mesmo local da entrada
do HIV na célula que expressa receptor CD4
|
Inibidores
da Integrase
|
Raltegravir.
|
bloqueiam
a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao
DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e
sua capacidade de infectar novas células.
|
Gilmar Lima.:
Marcadores:
aids,
antirretrovirais,
antirretrovírus,
AZT,
CD4,
coquetel,
cura,
HIV,
inibidores,
integrase,
linfócito T,
morte certa,
vorinostat
Assinar:
Postagens (Atom)